Antes de tratarmos o assunto precisamos entender alguns conceitos básicos a respeito de armazenamento na nuvem.
Em uma busca rápida pela internet podemos concluir que a tal nuvem nada mais é que armazenamento de dados, feito em servidores que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade da instalação de programas ou de armazenar dados localmente. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet – daí a alusão à nuvem -.
Trocando em miúdos, é o mesmo que salvar suas informações tais como, fotos, contatos, calendários e etc, em um grande servidor conectado a internet possibilitando a visualização, ou edição deste conteúdo através de qualquer dispositivo, seja ele um celular ou computador através da internet.
O serviço é amplamente utilizado em empresas de pequeno, médio ou grande porte para armazenamento e compartilhamento de documentos por oferecer agilidade, praticidade e um nível altíssimo de segurança, além do baixo custo.
Em grande maioria dos casos manter todo o armazenamento em nuvem se torna muito mais viável que manter um armazenamento local, já que este estaria suscetível a erros ou invasões e consequentemente a perda de dados, enquanto os grandes provedores de armazenamento na nuvem trazem consigo altíssimos níveis de segurança, e servidores secundários criando cópias das informações tornando tudo ainda mais seguro. Praticamente inviolável.
Atualmente existem diversos provedores deste serviço, entre eles o Dropbox, Google Drive, Microsoft OneDrive e o nosso amado e salvador da pátria iCloud.
A nuvem nossa de cada dia.
Com o crescimento do número de pessoas conectadas a internet cresce também a procura por privacidade e e segurança. Produzindo cada dia mais conteúdo precisamos também de muito mais armazenamento; A cada dia que se passa são milhares e milhares de fotos da família e amigos para o Instagram, vídeos da festinha para o YouTube, e até aquela enxurrada de gifs coloridos de bom dia que recebemos das tias e avós pelo WhatsApp. Quanto mais o tempo passa mais difícil é conseguir armazenar isso localmente e de maneira segura; E ai é onde entram os serviços de nuvem, seja fornecendo mais espaço ou até criando cópias de segurança para que nada se perca em caso de acidente – quem tem um iPhone sabe que ele adora pular no chão ou na piscina -.
Em caso de contato com líquido visite o artigo sobre o banho químico e a sua importância clicando aqui.
Mas e o iCloud?
Como dito anteriormente o iCloud é um dos mais utilizados servidores de armazenamento na nuvem, e disponibiliza uma série de outros serviços direta ou indiretamente. São eles:
Sistema de segurança que possibilita o rastreio, bloqueio de um dispositivo perdido ou até a remoção total dos dados contidos no aparelho.
Para bloquear um iPhone “perdido” acesse o artigo com o passo a passo clicando aqui.
Extremamente indicado para quem busca poupar espaço no iPhone ou iPad. A fototeca permite enviar suas fotos para a nuvem em qualidade máxima, mantendo somente uma cópia de tamanho reduzido para visualização. O sistema interpreta quando essa foto será exportada ou encaminhada, e traz de volta a foto em qualidade máxima ao aparelho para que seja enviada.
Dispensa apresentações! O comunicador mais famoso do mundo, que inicialmente utilizava a internet para troca de mensagens de texto de iPhone para iPhone gratuitamente e logo após passou a permitir também o envio de imagens, gravações de voz, e vídeos de maneira gratuita.
Comunicadores como o Whatsapp e Facebook messenger utilizaram o iMessage como “inspiração”.
Também conhecido pela popularidade mundial, o FaceTime se destina a chamadas de voz e videoconferências utilizando a internet sem cobranças por tempo de chamada.
- Sincronia automática dos contatos, calendário, lembretes, e notas.
Podendo também serem acessados de maneira remota de qualquer dispositivo conectado à internet.
- Backup total do iPhone /iPad
Aqui é onde mora um dos maiores diferenciais do iPhone. Por meio do backup automático do iCloud é possível trocar de aparelho, e apenas informar usuário e senha da sua conta no iCloud e pronto! Magicamente suas fotos, contatos, aplicativos, preferências e configurações são automaticamente transferidos para o aparelho novo.
É possível “desbloquear o iCloud”?
…moooooço, o primo do amigo da avó do tio do meu papagaio, encontrou este lindo iPhone X em perfeito estado, sem nenhum tipo de avaria, já sem chip, em um ponto de ônibus na divisa do Acre. É possível desbloquear pra usar?…
Vamos ter uma conversa séria aqui ok!? Precisamos esclarecer alguns pontos que considero extremamente pertinentes neste momento.
Se lembra do Buscar iPhone? Ninguém perde um iPhone X no ponto de ônibus e deixa pra lá. A Apple oferece um serviço muito eficiente de rastreio do aparelho, e qualquer um que seja desatento ao ponto de esquecer o seu celular de 8 mil reais onde quer que seja jamais simplesmente deixaria pra lá.
Em 99,99% dos casos, aparelhos bloqueados por meio do buscar iPhone são produto de roubo ou furto, e eu preciso mesmo dizer aos amiguinhos que, vender, comprar, negociar ou transportar iPhones roubados é crime (Art. 180 do código penal)!
Para acessar o artigo 180 do Código penal clique aqui.
Tendo isso em vista, podemos retornar ao assunto e finalmente falarmos a respeito do – tão sonhado por uns, e odiados por outros – desbloqueio de iCloud.
Desde que o mundo é mundo, presenciamos discussões, e casos como o daquele primo que conseguiu um contato no centro de São Paulo que supostamente desbloquearia o iPhone em modo perdido.
Precisamos ser intelectualmente honestos e assumir que recentemente levamos um susto ao vermos algumas matérias a respeito de um dispositivo que promete quebrar a segurança até de dispositivos mais novos com as mais novas versões do iOS.
Aparentemente o dispositivo se conectava a porta de carregamento do iPhone e utilizava uma brecha do sistema para acessar uma parte mais profunda, desabilitando o bloqueio que ocorre caso a senha seja digitada de maneira errada algumas vezes, e então realizar algumas dezenas de milhares de tentativas até que por fim consiga a combinação correta.
A técnica é conhecida como brute force (força bruta em português) e é potencialmente perigosa, uma vez que a única maneira de impedi-la foi derrubada com facilidade.
Porém, a Apple se antecipou; Correu para corrigir as falhas, e acrescentar mais uma camada de proteção que impede o aparelho de se comunicar com qualquer coisa que seja conectada ao iPhone sem digitar a senha de tela.
De qualquer maneira, mesmo que conseguissem chegar até a senha por meio de brute force, ainda esbarrariam na autenticação de dois fatores e/ou autenticação em duas etapas (outros dois métodos de segurança que abordaremos em breve em um artigo exclusivo dedicado ao assunto).
Outro ponto interessante é que o conhecimento engenharia de software e o tempo investido estudando o código do iOS como um todo seria imenso para que alguém passasse a vida cometendo crimes na Santa Efigênia por qualquer cem mangos.
Se em algum momento, um gênio da programação conseguir encontrar algo tão grande a ponto de permitir a remoção total do bloqueio, esse cara com certeza não estaria na Santa Efigênia, e sim em Cupertino, na cede da Apple, recebendo um salário bem gordo!
Portanto, posso responder a grande questão da vida de um usuário Apple de maneira incisiva.
Não, não , e não!!!
Não é possível quebrar a segurança do modo perdido no iPhone.
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